quinta-feira, 30 de março de 2006

Alguém me disse que este post fazia lembrar a última página de um livro q esse alguém leu há uns anos... Dizia assim:
"Quando te sentires perdida, confusa, pensa nas árvores, lembra-te da forma como crescem. Lembra-te de que uma árvore com muita ramagem e poucas raízes é derrubada à primeira rajada de vento, e de que a linfa custa a correr numa árvore com muitas raízes e pouca ramagem. As raízes e ramagens devem crescer de igual modo, deves estar nas coisas e sobre as coisas, só assim poderás dar sombra e abrigo, só assim na estação apropriada, poderás cobrir-te de flores e de frutos.

E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraias, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio, e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te e vai para onde ele te levar." (de "Vai onde te leva o coração"- Susanna Tamaro)

Este último parágrafo é maravilhoso pela forma como é escrito...O coração realmente não se engana, mas o problema está no facto de por vezes não conseguirmos ouvir com calma aquilo que ele tem para nos dizer sem perdermos a razão.

Fico feliz por, de alguma forma poder criar dialgo c/ as nossas palavras. Afinal é esse um dos meus principais objectivos.
Bem ha-ja, a vocês que por cá passam!

terça-feira, 28 de março de 2006

Desejos Múltiplos.

Uma bela jovem tinha dois pretendentes.
Aconteceu que os dois apresentaram-se no
mesmo dia em casa dos pais da jovem,
para pedirem-lhes a mão da filha.
Os pais chamaram a filha e disseram-lhe:
- Qual dos dois preferes?
A jovem não dizia nada.
Disse-lhe então a mãe:
- Se preferes o que está à esquerda,
Descobre o ombro esquerdo. Se preferes o
Da direita, descobre o ombro direito.
Então a jovem descobriu os dois ombros.
Os pais disseram-lhe:
-Só podes ter um marido. Escolhe apenas um.
A jovem vivaça e astuta respondeu:
- O da direita é rico mas feio.
- O da esquerda é formoso mas pobre.
Quero viver em casa do rico
E dormir em casa do pobre.


A vida requer de nós uma decisão em muitas ocasiões. Mas nós resistimos a tomar essa decisão. Aceitamos e queremos os prós e os contras. Assim costuma-mos estar muito divididos. Os desejos puxam-nos em várias e distintas direcções. É preciso descobrir um só ombro.Á que tomar as decisões com todas as suas consequências.

sexta-feira, 24 de março de 2006

Sem tempo!

Chama-se amor a isto:
beber horas roubadas,
no receio constante
de que alguém as descubra
____(assim se tem cadastro!):
Morder com muita pressa
a polpa dos minutos,
sem lhes sorver o sumo,
sem lhes tirar a casca
____(assim se apanham úlceras!)
Ter este modo brusco
de engolir os segundos,
como se fossem cápsulas
de qualquer barbitúrico
____(assim se morre Às vezes!)
O culpado: este cão
que trazemos bem preso,
todo agarrado ao pulso,
e que chamamos Tempo.
____(sempre a ganir de susto.)
David Mourão-Ferreira

terça-feira, 21 de março de 2006

Ser Pessoa

Não sei como posso ser pessoa sem amar.
Não sei como posso viver sem amar.
Não sei como posso admirar o amanhecer sem amar.
Não sei como posso sorrir sem amar
Não sei como posso aquecer-me ao fogo sem amar.
Não sei como posso refrescar as mãos na água fresca sem amar.
Não sei como posso respirar sem amar.
Não sei como posso beijar sem amar.
Não sei como posso pensar, sentir, falar, dormir, comer, passear, trabalhar, descansar, cantar... sem amar.

Que posso fazer sem amar?
Tudo é seco, inerte, lânguido, inútil, sem sentido, pesado, absurdo, incoerente, amargo, triste, irrelevante, incomodo, desagradável, estéril, frio, inconsciente… sem amar.
Sem amor a vida é morte.
Sem amor a morte é somente morte e sempre morte.
Sem amor a pessoa é uma ave com asas partidas,
Uma fonte sem água
Um dia sem luz
Uma noite sem lua nem estrelas
Um verão sem sol
Um vale sem margaridas
Um deserto sem areia.
Sem amor a pessoa não é pessoa.
Como dizia o poeta: “aquele q caminha uma só légua sem amor, caminha amortalhado para o seu próprio funeral”.

domingo, 19 de março de 2006

Pai

Hoje, tb pelas circunstâncias do dia e pela fase paternal q atravesso, coloco aqui uma canção q Amo, uma canção q desde (quase) criança me acompanha na memória e habita no coração... e... pela circuntância da minha infância ser um pouco o espelho da canção!
Que Deus nos ajude a todos nós a sermos mais e melhores Pais (inclui as mães!)... só assim teremos melhores filhos!

Pai,
Pode ser que daqui a algum tempo
Haja tempo pra gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos,
Pai e filho talvez
Pai,
Pode ser que daí você sinta,
Qualquer coisa entre esses 20 ou 30
Longos anos em busca de paz....
Pai,
Pode crer, eu tô bem
Eu vou indo, tô tentando vivendo e pedindo
Com loucura pra você renascer...
Pai,
Eu não faço questão de ser tudo,
Só não quero e não vou ficar mudo
Pra falar de amor pra você
Pai,
Senta aqui que o jantar tá na mesa,
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensine esse jogo da vida, onde a vida só paga pra ver
Pai,
Me perdoa essa insegurança,
É que eu não sou mais aquela criança
Que um dia morrendo de medo,
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu
Pai,
Eu cresci e não houve outro jeito,
Quero só recostar no teu peito
Pra pedir pra você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar
Pai, você foi meu herói meu bandido,
Hoje é mais muito mais que um amigo
Nem você nem ninguém tá sozinho,
Você faz parte desse caminho ,
Que hoje eu sigo em paz !!!!!
Pai, Pai
Pai...

terça-feira, 14 de março de 2006

Lua

Não sei o q p/ vós a Lua é...
Não sei o q em vós a Lua faz...
Mas não deixa (a lua) de ser mistério,
de ser paixão,
de ser sonho,
de ser desejo,
de ser viajar,
de ser voar,
de ser...
seja o q for p/ cada um de nós, ela misteriosa é?!


"Hoje olhei a Lua.
Brilhava muito, lá, bem no alto.
Olhei fixamente por uns instantes,
Apesar do frio, e tentei vizualizar...
E consegui.
E dividi esse momento.
Foi maravilhoso, uno.
Foi só um momento, um instante.
Mas valeu por uma eternidade. . .
Obrigada Lua, por estar tão linda hoje!"

segunda-feira, 13 de março de 2006

Saudade

Não queria conhecer-te, saudade!
Vens, sombria, quando os amigos partem...
Segues-me amargamente,
quando me ausento...
Torturas-me, implacável,
quando morre alguém que amo...


Não queria conhecer-te, saudade!
És irmã da ausência dolorosa,
companheira da angústia e da morte.
Nasces e cresces mansamente
na terra húmida das lágrimas

e dos corações que sangram...

Mas só quem ama tem saudades...
Por isso vens docemente,
como onda magnética, invisível,
- elo diáfano de presença ilusória,
para enlaçar Amizades ou Amores,
que a distância cruelmente separou.

Misteriosa irmã da Dor!
Inquietas, punges, laceras,
fazes sofrer e morrer,
porque és também
filha estremecida do AMOR...


Mário Salgueirinho

sexta-feira, 10 de março de 2006

Sê...

Meus caros, hoje aqui coloco uma palavras p/ todos vós, especialmente vós.... q ainda "acreditam" em mim, e como eu....
Perdoem-me a parcialidade mas estas palavras vão (ainda mais em especial) p/ a Andreia Ramos, já q neste momento poderá ser ela q mais precisa de nós.

SÊ...

Se não poderes ser um pinheiro no topo da colina,
Sê um arbusto no vale – mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não poderes ser uma árvore.
Se não poderes ser um ramo, sê um pouco se relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não poderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda.
Se não poderes ser sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no quer que sejas!

terça-feira, 7 de março de 2006

Saudades dos Amigos

Esta a minha maneira de agradecer à Iza, pela msg q enviou aos amigos e q teimosamente não nos deixa fugir... Obrigado Iza pela tua percistência!

Um dia a maioria de nós irá separar-se.

Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das

descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e

momentos que partilhamos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos

finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não

tenho mais tanta certeza disso.

Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum

desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a nos

encontrar, quem sabe...nas cartas que trocaremos.

Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...

Aí, os dias vão passar, meses...anos... até este contacto se tornar

cada vez mais raro. Vamo-nos perder no tempo....

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:

"Quem são aquelas pessoas?"

Diremos...que eram nossos amigos e...... isso vai doer tanto!

-"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!"

A saudade vai apertar bem dentro do peito.

Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente......

Quando o nosso grupo estiver incompleto... reunir-nos-emos para um último adeus

de um amigo.

E, entre lágrima abraçar-nos-emos.

Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em

diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida,

isolada do passado.

E perder-nos-emos no tempo.....

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a

vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes

tempestades....

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todosos meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

Fernando Pessoa

sexta-feira, 3 de março de 2006

Já Fiz!

Quando à dias li este texto, senti-te estrondosamente identificado com ele, q achei por bem partilhar c/ vocês...

Já fiz cócegas à minha irmã só para que deixasse de chorar, já me queimei a brincar com uma vela, já fiz um balão com a pastilha que se me colou na cara toda, já falei com o espelho, já fingi ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violinista, mago, caçador e trapezista; já me escondi atrás da cortina e deixei esquecidos os pés de fora; já estive debaixo do chuveiro até fazer chichi.
Já roubei um beijo, confundi os sentimentos, tomei um caminho errado e ainda sigo caminhando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela onde se cozinhou o creme, já me cortei ao barbear-me à pressa e chorei ao ouvir determinada música no autocarro.
Já tentei esquecer algumas pessoas e descobri que são as mais difíceis de esquecer.
Já subi às escondidas até ao terraço para agarrar estrelas, já subi a uma árvore para roubar fruta, já caí por uma escada abaixo.
Já fiz juramentos eternos, escrevi no muro da escola e chorei sozinho na casa de banho por algo que me aconteceu; já fugi de casa para sempre e voltei no instante seguinte.
Já corri para não deixar alguém a chorar, já fiquei só no meio de mil pessoas sentindo a falta de uma única.
Já vi o pôr-do-sol mudar do rosado ao alaranjado, já mergulhei na piscina e não quis voltar a sair, já bebi whisky até sentir os lábios dormentes, já olhei para a cidade de cima e nem mesmo assim encontrei o meu lugar.
Já tive medo do escuro, já tremi de nervos, já quase morri de amor e renasci novamente para ver o sorriso de alguém especial, já acordei a meio da noite e senti medo de me levantar.
Já corri descalço pela rua, gritei de felicidade, roubei rosas num jardim enorme, já me apaixonei e pensei que era para sempre, mas era um "para sempre" pela metade.
Já me deitei na relva até de madrugada e vi o sol substituir a lua; já chorei por ver amigos partir e depois descobri que chegaram outros novos e que a vida é um ir e vir permanente.
Foram tantas as coisas que fiz, tantos os momentos fotografados pela lente da emoção e guardados nesse baú chamado coração...
Agora um questionário pergunta-me, grita-me do papel: "Qual é a sua experiência?"
Essa pergunta fez eco no meu cérebro. "Experiência.... "Experiência..."
Será que cultivar sorrisos é experiência?