quarta-feira, 9 de novembro de 2005

Novamente os Amigos!

Perdoem-me!
Certamente já leram este texto algumas vezes (eu tenho-o como uma oração!), mas eu tenho que o colocar cá, eu tenho que fazer juros a vocês, meus Amigos e o meu coração não me deixaria respirar muito mais se assim não o fosse...
A ti, peço-te que leias o texto até ao final (mesmo que seja mais uma vez), depois... reconhece os teus Amigos!

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afectos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências …
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crónica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.
(Vinicius de Morais)

4 comentários:

Mónica disse...

Os Amigos não se fazem, reconhecemos a semente, tratamos dela e ela cresce, floresce e dá frutos lindíssimos...

Toma bem conta deles!!!

:)

Alguém disse...

Olá Gonsalinha!
Antes de mais eu de modo algum ficaria chateado ctg, até foi giro! Havias de ter visto as conversas c/ a Mónica!!!
Confesso q no dia 2, qd vi o teu comentário, 1º fiquei surpreendido como alguém já sabia do meu blog, ainda era quase secreto. Aí fiquei logo na duvida se serias tu ou a outra menina do curso.
Depois tratar-me por Sílvio, no blog não tinha o meu nome. Como podia ser?
Por fim qd falas do meu trabalho e o modo como te exprimes, só podias ser tu... Adorei Gonsalinha!!!
Conto ctg, para a minha vida...

Nina disse...

Acho k o sentimento da amizade é um dos + importantes da nossa vida..se n for mesmo O mais...

beijinho e obrg pela tua visita :)

Anónimo disse...

A amizade é algo muito bonito e tem sempre sentido, mas é preciso saber cultivá-la a cada dia... Caso contrário, ela perde o seu vigor e o tempo vai permitindo que deixe de ser força viva e passa a ser algo que fica apenas na lembrança do pensamento e do coração.